domingo, 1 de março de 2009

Tendência: democratização ou banalização?


Num surto de sabe-se lá o quê, jornais entram na onda de democratizar (ou ao menos dizer que democratizam) o conteúdo. Para isso, lançam mão da publicação de artigos escritos pelo público em geral, e não só por especialistas ou pessoas mais públicas, como antes. Em Goiás, desde a segunda metade do ano passado, o Diário da Manhã passou a abrir espaço para os artigos. Logo, eles tomaram conta das páginas, diminuindo muito o espaço para reportagnes e até notiícias, a essência de um jornal diário. Agora, a Folha de são Paulo anunciou que vai se reformular com atitudde semelhante a aplicada pelo DM.

Da Folha, espera-se que não caia no erro da banalização da opinião, tal como o DM. Lá, tomara que o conteúdo em forma de artigo a ser publicado tenha conteúdo e embasamento. Pois se é para diminuir os espaços da reportagem, que seja com conteúdo digno e bem elaborado.

No jornal paulista mais lido do País, podiam tomar conhecimento da experiência em território goiano para fazerem melhor. E isso não é discurso de jornalista ressentido (nem tanto).

Acontece que os artigos publicados do DM não costumam ter critério. Basta escrever, enviar junto com uma foto e pronto. O espaço acabou se transformando numa nova espécie de coluna social. Quem quer aparecer, digita qualquer coisa que lhe venha à mente, faz uma foto caseira e tchãran está bombando na página de um jornal de circulação estadual. Fora isso, o trabalho dos repórteres da casa fica drasticamente reduzido, tanto em tamanho, quanto em quantidade, boiando e ilhado pelos tais "artigos", que nem deveriam ser assim chamados.

Propostas como essas, ao que tudo indica, se confirmarão como tendência, sobretudo depois que a Folha adotá-la. A prática poderia ser válida, desde que utilizada com critério para que as páginas de jornais não virem vitrines para quem anseia por aparecer. Outro ponto é que a democratização não é tão aberta assim, já que textos com opiniões que ferem interesses importantes para um jornal, certamente não vão figurar em suas páginas, Nem na Folha, nem no DM, nem em lugar algum.

Cover: Beyoncé é campeã de paródias

O clipe de Single Ladies, da Beyoncé, deve ser o mais parodiado de todos tempos. Mas por quê? Difícil saber ao certo. O vídeo não tem nada demais, nenhuma pirotecnia, grandes efeitos especiais, nudismo, sexo, sangue, nada disso. Só a cantora dançando freneticamente para lá e para cá, com duas dançarinas, vestidas de maiôs pretos num fundo branco. Só. Apenas. Acontece que muita gente resolveu copiar a coreografica ensandecida de Beyoncé, que como diz uma amiga, parece uma galinha destroncada ao dançar.

O primeiro que bombou na web foi Shane Mercado, que gravou sua versão poucos dias após o clipe ter "vazado" na rede. O figura, que foi chamado de "a Bee da Beyoncé" dança que é uma coisa dodida, de fazer inveja a Michael Jackson nos tempos áureos e fez até participações em programas na televisão aberta dos Estados Unidos. Fora ele tem uma menininha e um cara com o dobro do peso da cantora que também entraram na daça da mulher de Jay Z. Até Justin fez um cover para um programa de tevê norte-americano. No Brasil, com certo retardo, na semana passada foi ao ar na Record uma versão feita pelos humoristas Mendigo, Gluglu e Marcos Mion.
Confira abaixo cinco das centenas de versões postadas no Youtube:


Shane Mercado, o pioneiro:


A menininha Ariana:


O cara com o dobro da massa corpórea de Beyoncé:


Justin, imitando a colega de showbizz:


Marcos Mion, Mendigo e Gluglu,numa versão "porta" da Beyoncé: