sábado, 12 de abril de 2008

Exagero: Estudantes fazem da UNB um playground



No fim da tarde de hoje, os universitários que protestam sob forma de ocupação das dependências da Universidade de Brasília, jogaram água e sabão na rampa de acesso à área administrativa e escorregaram como crianças felizes brincando de faxina.

O protesto estudantil é extremamente válido, mas agora que já conseguiram o que queriam, começa a tomar ares de bagunça gratuita. O reitor, que comprou mimos de alto luxo para seu apartamento funcional com dinheiro público via cartão coorporativo, já aceitou deixar o cargo por, pelo menos, 60 dias. O vice reitor, pressionado, fez o mesmo.

A farra continua pelas dependências da universidade e o cunho de seriedade das manifestações parece ter se perdido, mesmo após seu objetivo ter sido alcançado. A Justiça mantém a cobrança de uma multa ao Diretório Central Estudantil no valor de 5 mil reais por hora e o valor já chega à cifra de um milhão de reais.

Com tantos dias de manifestos, os estudantes não parecem estar nem um pouco preocupados com suas aulas. Ao que parece, o importante agora é bancar o rebelde pra aparecer na imprensa.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Imprensa: Os políticos e seus artigos em jornais



Sempre que vejo nos jornais locais algum artigo escrito por políticos, sinto vergonha alheia. Nomes do Legislativo e Executivo adoram aparecer com textos de opinião assinados por eles, mas na maioria dos casos, escritos por terceiros. E dá-lhe assessor de imprensa escrevendo artigos que expressem a opinião de seus chefes.

Não sei ao certo quais são os que realmente escrevem os conteúdos que assinam e, por segurança e responsabilidade, acho melhor não comentar aqui especulações e bochichos sobre esse assunto que circulam no meio jornalístico. Exemplos não faltam de políticos que publicam artigos nos maiores jornais goianos. Só pra citar alguns: Iris Araújo, Marconi Perillo, Pedro Wilson, Iris Rezende, Iram Saraiva, isso só pra deixar registrado os que vejo com mais freqüência. Fora esses, há vários outros deputados e vereadores que se valem de textos redigidos por alguém pago pra isso e lá, nas páginas dos jornais, assinam e aparecem sorridentes na foto de identificação.

Outro fato pior, e ainda mais vexaminoso, é que alguns desses que publicam artigos assinados periodicamente pagam por isso. Isso soa estranho, pois o espaço de que usufruem deveria ser gratuito ou ao menos ser de conhecimento público de que há um preço cobrado para seu uso ou ainda que houvesse uma identificação de que tal espaço tem cunho publicitário.

Enfim, tudo faz parte de uma sociedade calcada no espetáculo. Espetáculo que ocorre mesmo onde não deveria.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Humor/música: Grande Mapa Cartográfico da Música Brasileira




Achei em uma comunidade do orkut ( a Goiânia Rock City), o Grande Mapa Cartográfico da Música Brasileira. Ótima sacada. Quem fez foi o pessoal do blog Ressaca Moral (clicando aí você vê em tamanho maior). Ri muito com o Oceano Indie, a República comemorativa da Ivete Sangalo, O Oceno do Djavan, o Golfo das Bundas, entre outros.

TV: Silvio Santos e a arte de requentar no SBT



Eu assisto TV. E sem culpa. E também sou noveleiro, mas com frequência vejo só as que vão ao ar às 21h. Não me intimido com a patrulha da turma cool que insiste em queimar na fogueira aqueles que acompanham programações televisivas. Ontem assisti a estréia do Novosídolos (acreditem, essa é a grafia que se lê na logomarca do programa). Qual a novidade? Como de costume naquela emissora, nenhuma.

Como mestre Silvio perdeu o direito de produzir e exibir o Ídolos, a solução foi fazer a mesma coisa, porém com outro nome. Isso mesmo. Tudo continua igual, à exceção do cenário e da pretensão. Um mero show de calouros, com candidatos que vão do talento normal a bizarrice. Ao menos não dizem mais que vão “encontrar” um novo ídolo. Parece que perceberam que as coisas não funcionam assim.

O time de jurados, que funciona muito bem junto, foi mantido. E, na verdade, vale à pena ver somente por isso, caso não se tenha nada de minimamente interessante pra se fazer na quarta-feira às 21h45. Bom pra quem não gosta de futebol, como eu.

Sempre que o SBT anuncia algo como novidade fico com medo, pois o que eles vendem como novo sempre tem um sabor conhecido. Apesar de tudo, planejo continuar assistindo ao Novosídolos, já que achei divertido e eles mantiveram no elenco o (Carlos Eduardo) Miranda, que apesar de ser meio ríspido de vez em quando com alguns calouros, é muito solícito e educado pessoalmente.


UPDATE: Após a publicação deste post entrou em no ar uma votação no site do SBT para decidir o nome do programa, que será divulgado em breve. O programa chegou a ser anunciado como Novosídolos, mas foi ao ar sem nome (estranho e bizarro, não?). Agora é aguardar pra ver qual será a pérola a ser usada no batismo da atração.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Seríssimo: “Por trás disso tudo tem gente”




É inevitável não citar nada sobre o caso do assassinato da menina Isabella, já que é impossível ligar a TV ou acessar sites de notícias e não ser bombardeado com notícias referentes ao caso.

Pela manhã, ao acessar o blog de meu amigo e colega João Neto, o Não Existe Pecado, me deparo com a gravação de uma entrevista com Guilherme Fiúza, autor do livro que originou o filme Meu Nome Não É Johnny. Guilherme perdeu o filho, com um mês vida, que acidentalmente caiu da sacada do prédio. A vida dele e da esposa se tornou um inferno, como o que vivem o pai e a madrasta de Isabella.

A gravação (cujo o link está ao final deste post) é algo incrível e que deveria ser ouvida por todos, sobretudo jornalistas e estudantes de comunicação. Nela, Guilherme chama a atenção para o que chamo de novelização de fatos de repercussão pública.

Desde a primeira divulgação do caso Isabella, passou-se a procurar, precipitadamente, os culpados. E hoje, passados 12 dias da morte da criança, constatou-se que as gotas de sangue encontradas no apartamento onde o crime ocorreu não são de Isabella, do pai ou da madrasta. Ou seja: há um elemento desconhecido na história. A essa altura do campeonato, o pai e a madrasta, foram presos, preventivamente, por um delegado afoito e com gosto por lentes de câmeras de vídeo. Além de presos, eles já se encontram massacrados por uma cruel opinião pública, instigada por um jornalismo ávido em escrever roteiros de dramaturgia.

Este caso é uma lição a todos, inclusive a mim, que confesso ter sido levado, até ontem, pelo circo de acusações que foi armado por vários veículos de comunicação.
Pra fechar, duas frases do jornalista Guilherme Fiúza: “É preciso entender que por detrás disso tudo tem gente envolvida”. “A opinião pública é covarde. A opinião pública não tem rosto...”.


Áudio da entrevista realizada na Band News Fm: http://www.bandnewsfm.com.br/conteudo.asp?ID=78136

terça-feira, 8 de abril de 2008

Novelinha no Planalto: A cruz de Dilminha




Mais uma vez tentam derrubar uma pré-candidata à Presidência, como já feito (e bem feito) com Roseana Sarney. A bola da vez é a ministra com ar de general, Dilma Roussef, que até há pouco tempo vivia feliz e imponente no Planalto Encantado, até que a oposição decidiu acabar com sua paz.

O caso do banco de dados de gastos presidenciais arquitetado pela Pasta de Dilminha, que a oposição lulista insiste em chamar de dossiê já é do conhecimento de todos e rendeu vários capítulos emocionantes na imprensa. Eu nunca imaginei que um dia fosse defender alguém do governo Mula, digo Lula. Mas vejo que estão forçando muito com a generala Roussef.

Qual o problema de que uma relação de gastos (exorbitantes) de um presidente se torne público? Todos os gastos de administradores públicos deviam ser de acesso público. É certo de que não foi diretamente ela quem trouxe os dados à tona. Aí vem o pessoal do PSDB e faz todo esse drama, na intenção de desprestigiar Dilminha. O curioso reside no fato de que os gastos palacianos da Era FHC são maiores que os da Era Lula, quase o dobro, diga-se de passagem, mas isso não é dito aos quatro ventos na mídia.

Dilma, ao menos tem postura, de generala que é, e não se intimida ao aparecer oficialmente com discurso duro contra seus algozes, incluindo a Folha de São Paulo, que entrou com tudo na briga contra ela.

Agora, acho melhor voltarem para seus sofás para acompanharem os capítulos dessa telenovelajornalística antes que outra entre na grade de programação.