
Só para não passar imune no caso, ocorrido em Santo André (SP) e há uma semana transformou no último circo midiático nacional, o sequestro , que culminou na morte da adolescente Eloá Cristina Pimentel da Silva. De início a resolução do caso não parecia complicada, o que não se confirmou no decorrer dos quatro dias de duração do cárcere. Quanto a atitude da Polícia, dois pontos são importantes: a decisão de não atirarem no sequestrador, Lindemberg Alves e a volta da refém Nayara Rodrigues da Silva ao cativeiro.
Segundo os relatos dos agentes do GATE (Grupo de Ações Táticas Especiais), o seqüestrador esteve na mira dos atiradores de precisão por seis vezes. Ponto para eles que não dispararam, pois, como ele não tinha antecedentes criminais o melhor caminho era a negociação. Caso o acertassem e, pior, matassem, a opinião pública despejaria grande carga de ódio sob a instituição, já afetada por outros casos de conduta questionável nesse ano. Um exemplo foi a morte de uma criança no Rio de Janeiro, dentro de um carro, durante uma procura a bandidos.
Ao menos a quem acompanha é totalmente inconcebível e nebulosa a autorização para a volta de Nayara Cristina ao cativeira. antes ilesa, a menina saiu ferida por tiro na boca. Não há explicação plausível para o fato. a falha é inexplicável e talvez pode ter influenciado no resultado final do caso.