sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Auto-assessoria: Citação no "Querido Leitor"


Entrevistei, via e-mail, Rosana Hermann para uma matéria sobre blogueiros de sucesso. Ela foi altamente solícita com as respostas. Daí, do alto de sua gentileza, ela linkou o Outra Linha em um post no blog dela, o Querido Leitor, que há algum tempo é meu blog preferido e há muito tempo é campeão de audiência.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Mercado fonográfico: Palmas para a queda livre das majors


Por décadas, as majors (grandes gravadoras) empurraram nos grandes veículos de comunicação artistas que lhe eram financeiramente convenientes. Nada contra quem gosta, mas tivemos que sobreviver à enxurradas de axé, pagode e sertanejo, com suas devidas repetições e cópias. A década de 90 foi o auge desse vai-e-vem. Mas chegaram os anos 2000, o advento da internet e essas empresas começaram a ruir.

Como é bom ver as majors, que já maltrataram nossos ouvidos e cobraram absurdos por um CD, se esfacelando. Fico bem feliz por isso e sem culpa alguma. Melhor ainda é saber que o poço em que estão caindo ainda não chegou no fim (e ao chegar ao fundo dele, podem encontrar um alçapão). O raciocínio dessas empresas parece ser inversamente proporcional à velocidade com que as informações passaram a transitar nos últimos anos, pois se houvesse criatividade e mente aberta à novas idéias, a situação para elas não estaria tão ruim.

Como é bom também ver grandes artistas, como Madonna e U2, por exemplo, pulando fora do domínio das gigantes do mercado fonográfico. Agora, no rastro de quem apostou no óbvio, como agenciar shows, a exemplo da Live Nation, que hoje tem o passe da rainha do pop para apresentações, essas ex-poderosas tentam um suspiro de sobrevivência fazendo o mesmo. Nesse caso não torço contra, pois esse é o caminho natural para o setor.

O pior da história é ver artistas, que sempre faturaram altas cifras com vendas de discos, irem a programas de TV choramingar que as vendas caíram por conta da pirataria e pedir ao público que não baixem músicas na internet. Ora bolas, quanto atraso e falta de conhecimento. O download de arquivos de música não configura crime, desde que não haja comércio.

Uma coisa é fato: artistas devem faturar com shows, como acontecia nos primórdios. O problema é que eles ficaram mal acostumados com o mercado e fecharam os olhos para a realidade de consumo na era digital. Não faltam exemplos de cantores e grupos que usaram bem as ferramentas da internet, se deram bem e vivem de sua arte, pelos palcos do mundo.

Os CDs (e até vinis) não vão deixar de existir, mas de maneira muito menos expressiva em relação a vendas. Assim funciona a economia. As mentes envelhecidas em barris de carvalho que tomaram conta do mercado fonográfico raciocinam lentamente para algo que era futuro e muito rápido se tornou presente

domingo, 7 de setembro de 2008

Sugestão de disco: Los Hermanos - Fundição Progresso


O disco é registro do último show do Los Hermanos, a minha banda preferida. Apesar do fim, continuo acreditando numa volta pra daqui a alguns anos. Ao ouvir senti muita inveja de quem esteve lá. A banda em ótima forma e o público berrando cada palavra das letras. Emocionante!

O set list não é dos mais óbvios, pois há músicas que não são tão hits, a não ser para os fãs fervorosos (como eu), como Primeiro Andar, Um Par e O Velho e o Moço. Para calar a boca dos chatos, um bom momento é quando rola Anna Julia e pra fechar tem Todo Carnaval Tem Seu Fim, em momento apoteótico. É notável a empolgação e a emoção de Marcelo Camelo, mesmo com a timidez que sempre demonstrou.

O último show do quarteto barbudo que desperta amor e ódio, ainda que não realizado em uma casa com imensa capacidade de público, não foi diferente dos de costume, mas veio acrescido de uma energia a mais, que nem shows de bandas mais populares em megashows em ginásios e estádios. Dessa vez não vou indicar as melhores faixas, pois a escolha é, pessoalmente, quase impossível.

Retorno: A volta do que mal se foi

Há 52 dias sem um post novo, eis de volta o Outra Linha. Durante esse tempo estive de mal do blog (e também com preguiça dele), mas não resisti e ele vai continuar. Os motivos do hiato talvez sejam tontos e meramente pessoais. Um deles foi a audiência. Não que eu esperasse uma média astronômica de visitantes e, muito menos, faturar dividendos com o Google Anúncios. Nada dissso. Só não simpatizo com a idéia de escrever para quase ninguém ler, portanto peço que continuem, ainda que vez ou outra, lendo as publicações (Tá, eu sei que pedir audiência é meio vergonhoso).

A linha continua a mesma e as Notas de Sábado não existem mais, já que dou expediente no sábado e chego sem saco para blogar. A sugestão de discos continua aos domingos. É isso.