sábado, 14 de junho de 2008

Notas de sábado


Ordem no galinheiro
Quem sofre com o atendimento dos call centers, pode ter seus problemas amenizados. O Ministério da Justiça apresentou proposta para otimizar o serviço de atendimento ao cliente via telefone. Dentre as novas medidas que podem ser adotadas estão o atendimento 24 h , todos os dias da semana e a proibição de que o cliente passe por inúmeros atendentes até que seu problema comece a ser resolvido. Agora é torcer para que tudo não fique no papel.

Morte para abrir os olhos

Constantemente se vê a apreensão de máquinas caça-níqueis clandestinas. Nada foi feito de realmente eficaz para que a farra das máquinas, a maioria delas adulteradas para ganhos desonestos de seus donos, acabasse. Foi preciso um policial, que trabalhava numa casa de jogos, ser morto para que a Polícia Civil demonstrasse mais vontade em tentar solucionar o problema.

A volta dos que mal se foram
A saudade foi tamanha que ela voltou. Quem? A CPMF. É claro que sua volta foi procedida de uma recauchutagem e de um rebatismo. Agora sob a alcunha de CSS (Contribuição Social para a Saúde). Muitos partidos, através de suas bancadas na Câmara Federal, abaixaram a cabeça, dentre eles o PC do B, o PMDB, o PSB, O PRB, o PT e o PTB contribuíram com a ressurreição da taxa, que faz com que a saúde pública brasileira seja a maravilha que é.

O oba-oba do FICA
O sucesso que faz o FICA (Festival Internacional de Cinema Ambiental), na cidade de Goiás, é incontestável e o público que passa por lá é crescente. O auê em torno do evento é grande e faz com que pessoas que mal sabem do se trata realmente engrosse o público. É certo que muita gente que lá está tem realmente interessada nos filmes e discussões, mas muitos estão por estar. Logo não se pode dizer que há por parte dos freqüentadores a consciência ecológica pregada pelo Festival.

Tarjas dançantes

Está rolando um vídeo muito legal e em breve (algo como um dia ou menos) deve se transformar em mais um hit do Youtube. A descoberta foi feita pelo blog Querido Leitor, que por sua vez descobriu-o em outro blog, o Sedentário & Hiperativo. Trata-se de um clip de uma música em climinha retrô e dançante (nada que lembre boates, hein), onde os atores aparecem pelados com tarjas de censura nas “partes” e, com a dança que fazem, as tarjas vão fazendo sua própria coreografia.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Exagero: Avacalhação à Zileide Silva e robotização ‘global’

No último sábado, no jornal Hoje, Zileide Silva passou por problemas técnicos ao vivo. Ficou perdida e as coisas não foram bem em uma de suas entradas. Segundo a emissora, ela teve problemas com suas lentes de contato, o que dificultou a leitura do texto.

O vídeo com as imagens do ocorrido viraram febre no Youtube (não vou colocar aqui o link). Não há graça nenhuma naquilo. Não é como a crise de risos de Ana Paula Padrão no Jornal da Globo, há anos atrás, que poderia até despertar alguma graça.

É difícil entender como as pessoas gostam de ver. Ela errou, isso é normal, apesar de ser na Globo. Talvez o problema seja justamente esse. Lá naquela emissora, os jornalistas são como robôs, são muito mais pressionados do que deviam para que pareçam máquinas, para se encaixarem no tal “Padrão Globo”. Daí o grande apelo popular dos vídeos de erros dos jornalistas que às vezes ocorrem. Quando há um deslize, o apresentador sempre fica mais desconcertado do que deveria, do que se fosse em outra emissora, por exemplo. Se eles erram uma palavra, pedem perdão, como se tivessem feito mal a alguém. Isso é ruim, desumaniza o profissional.

Culinária: Risoto Vatapá

Cozinho quase todos os dias e , modestamente, faço direitinho. Este post traz minha última criação, que surgiu da vontade de comer risoto e vatapá e da falta de camarão (ingrediente clássico do vatapá) na geladeira. Então criei o Risoto Vatapá.

Ingredientes:
1 copo (aprox. 300ml) de arroz sem lavar
400 g (aprox.) de peito de frango cortado em cubos
1 garrafa (200ml) de leite de coco
6 colheres de sopa de azeite de dendê
1 lata de seleta de milho e ervilha
1 cebola picada ou ralada
2 dentes de alho
2 pimentas dedo de moça picadas
1 colher (rasa) de sal
5 colheres de sopa de coentro picado

Como fazer:
Refogue a cebola no azeite de dendê. Acrescente o frango, já temperado com alho e sal, e frite-o bem. Refogue, junto ao frango, o arroz. Junte o leite de coco e mexa. Quando começar a secar, acrescente meio copo de água. O segredo é mexer sempre. Vá acrescentando água aos poucos até que o arroz cozinhe. Por fim coloque o milho e a ervilha e desligue o fogo. Acrescente o coentro e mexa.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Segurança: Só pra inglês ver


Desde que ocorreu o boom dos equipamentos de segurança eletrônica, a maioria dos lugares por onde andamos parecem estar seguros. Parecem, apenas.

As portas giratórias de bancos, por exemplo, não são das mais confiáveis. É possível entrar portando objetos descritos como identificáveis por seus detectores, como chaves e telefones celulares. A impressão que se tem é de que quando o objeto é inofensivo a porta sempre insiste em apitar. Não é muito raro ver pessoas tirando colares e cintos para entrarem em agências bancárias.

As câmeras, que dão aquela sensação de vigilância, podem não passar de brinquedinhos ou passatempo para porteiros de prédios. Obviamente, uma câmera, por si só, não garante a segurança de ninguém. Muitas delas não gravam as imagens. Sendo assim, se houver algum incidente de nada adiantou o aparelho estar ali captando imagens e transmitindo em tempo real para um monitor.

Em alguns ônibus, ao menos em Goiânia, a situação é ainda mais ridícula. Muitos deles possuem um vistoso adesivo com o clássico “Sorria, você está sendo filmado”, mas não possuem equipamento que faz a filmagem do alerta.

A quantidade de segurança privada cresceu consideravelmente. Guardas com coletes e armas são corriqueiros por onde quer que tenha algo a ser resguardado. Ao menos isso está menos pior que há tempos atrás, quando se colocava um guardinha, na faixa da terceira idade e sem preparo nem condições físicas, para tomar conta de prédios durante a noite.

Parece que há uma necessidade de apenas transmitir a sensação de segurança e não de promovê-la de fato. O mundo está tão focado na imagem que parecer tem sido tão ou mais importante do que ser.

domingo, 8 de junho de 2008

Sugestão de disco: Inclassificáveis – Ney Matogroso


Engana-se quem acha que o Kiss foi pioneiro com aquelas pinturas estranhas no rosto. Um ano antes da banda norte-americana, Ney Matogrosso já inovava no visual com a banda Secos & Molhados. Em 2008, ele não se dá por satisfeito e lança mais um grande disco.

Inclassificáveis traz gravações e regravações de compositores consagrados, com a inconfundível interpretação do performático Ney Matogosso. Dentre as regravações, duas são de Cazuza O Tempo Não Pára e Por Que A Gente É Assim e uma de Chico Buarque, Ode Aos Ratos. Há também o hino setentista brasileiro Divino Maravilhoso, de Caetano Veloso e Gilberto Gil e Veja Bem Meu Bem, de Marcelo Camelo. A faixa título é assinada por Arnaldo Antunes.

O capricho é bem nítido nos arranjos e em algumas faixas Ney é mais rock do que muito roqueiro com cara de mau por aí. O play list não é dos mais coesos, mas em um disco batizado de Inclassificáveis, isso não é grande pecado. Valem repetidos plays as faixas Veja Bem, Meu Bem, O tempo não Pára, Divino Maravilhoso e a radiofônica Um Pouco de Calor.