segunda-feira, 9 de junho de 2008

Segurança: Só pra inglês ver


Desde que ocorreu o boom dos equipamentos de segurança eletrônica, a maioria dos lugares por onde andamos parecem estar seguros. Parecem, apenas.

As portas giratórias de bancos, por exemplo, não são das mais confiáveis. É possível entrar portando objetos descritos como identificáveis por seus detectores, como chaves e telefones celulares. A impressão que se tem é de que quando o objeto é inofensivo a porta sempre insiste em apitar. Não é muito raro ver pessoas tirando colares e cintos para entrarem em agências bancárias.

As câmeras, que dão aquela sensação de vigilância, podem não passar de brinquedinhos ou passatempo para porteiros de prédios. Obviamente, uma câmera, por si só, não garante a segurança de ninguém. Muitas delas não gravam as imagens. Sendo assim, se houver algum incidente de nada adiantou o aparelho estar ali captando imagens e transmitindo em tempo real para um monitor.

Em alguns ônibus, ao menos em Goiânia, a situação é ainda mais ridícula. Muitos deles possuem um vistoso adesivo com o clássico “Sorria, você está sendo filmado”, mas não possuem equipamento que faz a filmagem do alerta.

A quantidade de segurança privada cresceu consideravelmente. Guardas com coletes e armas são corriqueiros por onde quer que tenha algo a ser resguardado. Ao menos isso está menos pior que há tempos atrás, quando se colocava um guardinha, na faixa da terceira idade e sem preparo nem condições físicas, para tomar conta de prédios durante a noite.

Parece que há uma necessidade de apenas transmitir a sensação de segurança e não de promovê-la de fato. O mundo está tão focado na imagem que parecer tem sido tão ou mais importante do que ser.

Um comentário:

Consumindo Realidade disse...

É a velha e inadequada tentativa de intimidar com alertas em adesivos ou placas que na maioria das vezes são falsos.