sábado, 31 de maio de 2008

Notas de sábado

Bom índice
De acordo com pesquisa realizada pelo ministério da Saúde, Goiânia é a antepenúltima capital no ranking com maior incidência de fumantes. Quem não fuma, tem a impressão de que a quantidade de fumantes por aqui é bem alta. Talvez seja pelo incômodo que é respirar fumaça de fumantes sem senso, que não perdoam nem lugares como lanchonetes, por exemplo.

Alice, saia já do País das Maravilhas
Goiânia recebeu prêmio de cidade com melhor qualidade de vida no País. Isso mesmo, imaginem o segundo lugar. Goiânia não é merecedora de tal prêmio, vide problemas como transporte coletivo e saúde pública. No Jornal X, Eduardo Horácio faz crítica ferrenha e justa ao prefeito, por ter ido receber o prêmio. É só esperar: o título recebido pela cidade será usado exaustivamente na campanha.

Alice, saia já do País das Maravilhas – parte 2
A Prefeitura de Aparecida de Goiânia está com campanha publicitária na TV e em jornais com o slogan “Aparecida no caminho certo”. Caminho certo? Estranho, pois a infra-estrutura na cidade é ruim e diversos outros serviços públicos também. A população reclama muito, com toda a razão. O mundo da publicidade é o oposto da vida real!

O registro da vida do mago-escritor
Começou a ser vendida hoje a biografia de Paulo Coelho, escrita por Fernando Morais (responsável pelas biografias de Assis Chateaubriand e Olga Benário). O autor revirou diários e passou semanas freqüentando a casa do escritor para escrever o calhamaço de 672 páginas. Satanismo, experiência homossexual, torturas no período ditatorial e a ascensão como escritor pop recheiam as páginas de O Mago.

Amy Winehouse decepciona em Lisboa
Contrariando as especulações de que não compareceria ao show marcado no Rock In Rio – Lisboa, a britânica Amy Winehouse se apresentou no mega-festival. Seria melhor se tivesse ficado em casa. Como se pode ver em vídeos postados no Youtube, sua voz estava seriamente comprometida, assim como a sobriedade e o controle corporal. É uma pena o vexame, diante do talento de Amy.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

TV: Dois casos de audiências crescentes e merecidas


Deu na Folha Online (e em outros veículos também): “Duas Caras bate recorde com 70% das TVs sintonizadas”. A trama de Aguinaldo Silva é um raro exemplo de boa produção televisiva com altos índices de audiência, pois, convenhamos, grande parte das atrações que rendem altos pontos no Ibope (que por sua vez tem uma maneira de medição de audiência meio duvidosa) não se atentam para quesitos como qualidade e criatividade.

A novela Duas Caras pode até não ser tão revolucionária, como diz Aguinaldo Silva em seu blog
costumeiramente, mas tem bons méritos e algumas inovações interessantes. Vamos a elas: na
trama há um herói negro (talvez seja a primeira vez que isso ocorra); foi eliminado o excesso de maniqueísmo (quase ninguém é totalmente bom ou mau); um triângulo amoroso gay tratado de uma maneira que caiu nas graças do público e o núcleo central é uma favela (é certo que se trata de uma favela um tanto irreal).

Outra atração que tem surpreendido, numericamente é o ótimo CQC, da Band, que em dois meses de existência quadruplicou sua audiência ao dar uma boa sacudida com inteligência e diversão na TV aberta.

Devido aos motivos antes citados os números alcançados se fazem merecidos pela trama global das 21h e pelo jornalístico/humorístico da Band, mostrando que nem só programas tontos de domingo e outras atrações esdrúxulas e de gosto duvidoso alcançam bons índices.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Casa Civil : Dilminha e a inclusão digital

Foi ao ar ontem uma entrevista com a Mãe do PAC, no Programa do Jô. Em uma conversa sem a mínima preocupação cronológica, onde Jô perguntava sobre passagens de Dilma Roussef pelo período ditatorial e no mesmo embalo sobre o ministério que ela comanda, ela confessou uma curiosidade sobre a Casa Civil: somente em 2005 os dados sobre gastos dos presidentes foram informatizados. Estranho, não? A inclusão digital demorou a chegar por lá. Seria falta de recursos para a compra de computadores?

A síndica do Governo Federal disse que até o ano de 2005 as informações sobre gastos palacianos eram arquivadas em papel e só a partir de então esses arquivos passaram a ser digitalizados. Mais estranho ainda é pesar que se os tais relatórios estavam impressos, muito provavelmente eles teriam sido digitados em computadores anteriormente. Ou será que, em pleno século XXI, os funcionários do Governo usavam máquinas de escrever? Se tudo estava ali no papel, e antes foi digitado, por que esses dados não eram arquivados em HD?

Dilminha disse ainda que quando o Tribunal de Contas da União solicitava relatórios à Casa Civil era preciso vasculhar pilhas e pilhas de papel e, por isso, resolveu informatizar tudo, daí foi um pulo para a confecção do famigerado “banco de dados” de onde foram divulgados gastos do governo FHC. O que falta agora é disponibilizar os dados para quem queira saber. Afinal, quem não deve não treme.

domingo, 25 de maio de 2008

Sugestão de disco: Fruto Proibido - Rita Lee & Tutti Frutti


Há 33 anos Rita Lee, junto com a banda Tutti Frutti (na qual tocava Roberto de Carvalho, marido de Rita), fizeram um dos discos mais legais do rock nacional.
A impressão ao ouvir é de que há uma poeira saudosista. Na época o disco foi um sucesso de vendas e é tido como o melhor da carreira de Rita Lee.

No melhor estilo setentista, com gaitas, naipe de metais e uma guitarra básica que se aliam ao vocal feminino mais marcante do pop/rock nacional, Rita e sua turma acertaram a mão na receita em músicas que ainda hoje divertem muita gente. Destaque para a faixa-título, Dançar Pra Não Dançar, Agora Só Falta Você, Esse Tal de Roque Enrow e a manjada Ovelha Negra. Ledo engano associar o rock nacional sempre à década de oitenta, sendo que bem antes já rolava muita coisa legal, como prova este disco.