sábado, 24 de janeiro de 2009

Quando o coll se veste de brega e fica legal


Vi hoje A banda Sua Mãe, que tem Wagner Moura como vocalista, num programa de tevê. Ele disse que no início faziam covers de The Cure e o negócio foi mudando até virarem cover de Reginaldo Rossi e Odair José. Eis que no fim eles tocaram Creep, do Radiohead, numa versão brega, com direito a acordes de órgão, típicos do estilo. E não é que ficou massa? Não é a oitava maravilha da música, mas coisas assim acabam sendo divertidas.

Ao ver isso, fiquei imaginando a linha que separa o legal do trash. A impressão é que as duas coisas, às vezes podem morar bem perto. Outro exemplo, também de música, aconteceu uma das últimas ações do Estúdio Coca-Cola, que juntou no palco Calypso e Paralamas do Sucesso. A primeira impressão é de que iria dar merda. Mas não. As duas bandas têm muito em comum, como o suingue e alguns elementos da música latina, como a caribenha. No final, tirando a voz insuportável de Joelma (que não conserto), foi muito menos pior do que se esperava, mostrando de novo o estreito limite entre algo interessante e algo catastrófico.

2 comentários:

Diego Mascate disse...

massa! viu o wagner moura e a mallu no altas horas?

agora... sobre o "brega". um dos melhores livros que li no ano passado é daquele historiador q foi processado pelo rei Roberto. O livro chama "Eu não sou cachorro não" e é sobre a relação desses compositores considerados "cafonas" e a ditadura militar. Um belo trabalho historiográfico que tenta fazer justiça aos nomes de Odair José, Nelson Ned, Waldick Soriano e outros, que sofreram tanta repressão quanto Chico ou Caetano.
foda.


Abraços, Fred!

Fred Leão disse...
Este comentário foi removido pelo autor.