sexta-feira, 4 de julho de 2008

Precocidade: Prodígios hoje, problemas amanhã?

Crianças prodígios, na maioria dos casos, são irritantes e inconvenientes, ainda mais quando exploradas à exaustão pela mídia. Há exceções, ainda que raras. Ultimamente tive dois bons exemplos. São duas meninas, uma inglesa, outra brasileira.

A brasileira é Maísa Silva e muitos já devem ter visto em manhãs chatas de sábado zapeando pelos canais da TV aberta, quando acabou passando pelo SBT, onde ela apresenta o Sábado Animado ou no Youtube onde ela se tornou um hit. A miniatura de apresentadora é mais esperta do que muitas colegas loiras de trabalho, tem senso de humor, poder de improvisação e raciocínio rápido para uma criança de cinco anos que é jogada em frente à uma câmera. De vez em sempre ela produz pérolas ao atender espectadores ao telefone.


Maísa Silva, a prodígio brasileira

A inglesa é Connie Talbot e ficou conhecida por participar de um programa de calouros. Connie é cantora, melhor que muitas por aí que têm tempo de carreira equivalente ao quadrado da idade da menina britânica. Vê-la cantando é uma experiência que vale a pena, seja por sua simplicidade ou por seu incrível potencial e domínio vocal.


Connie Talbot, a prodígio inglesa

Ao ver crianças como Maísa e Connie, fico com certa apreensão ao pensar em seus futuros. Temos exemplos de crianças prodígios, que foram por caminhos estranhos, tanto aqui como no exterior. Vale lembrar de dois que não conseguiram se manter: Simony e Michael Jackson. Resguardadas as devidas proporções entre os dois, suas vidas adultas foram atribuladas e suas carreiras que um dia foram promissoras se esvaíram e foram camufladas pela exposição de suas conturbadas vidas pessoais. Torço para que Maísa e Colbie não caiam nesse abismo. Seria um grande desperdício.

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