quinta-feira, 17 de abril de 2008

TV: Será que há salvação?


Pra não parecer tão ranzinza, escolhi um assunto pra não falar mal hoje. Lá vai:


O ano de 2008 pode não ser revolucionário para a TV aberta, mas ao menos está sendo capaz de apontar caminhos. Duas atrações exibidas são as responsáveis pela esperança de melhoras: o humorístico/jornalístico CQC – Custe O Que Custar - e a minissérie Queridos Amigos. O primeiro vem a mostrar uma faceta interessante do humor, que alia fatos jornalísticos relevantes na semana ao seu bolo e a segunda trouxe certo ar cinematográfico à teledramaturgia.

É bem verdade que o CQC, da Band, é uma versão nacional de um programa argentino, mas sob o comando de Marcelo Tas (que povoou minha infância televisiva no Rá-Tim-Bum, da TV Cultura) conseguiram trazer um novo suspiro às noites de segunda, que eram mortas com o "Sofá da Múmia". E o melhor da história é que eles ainda dão umas cutucadas (sobretudo em nossa querida classe política) que o jornalismo sisudo não se permite.

Quanto a Queridos Amigos, a autora (Maria Adelaide Amaral) provou que é possível prender alguém frente à tela sem apostar na batida fórmula bem X mal (blargh!) e ainda dar uma pincelada histórica trazendo no enredo a face cruel do período ditatorial sem tender para o pieguismo.

A TV nacional pode sim melhorar, apesar de parecer não querer muito isso, mas de vez em quando consegue trazer algo instigante. Pena que isso só ocorre de vez em quando.

2 comentários:

Consumindo Realidade disse...

Ainda não assisti "Queridos Amigos" inteira, mas parece de uma sacada das melhores até hoje na televisão de puro entretenimento.
O CQC é um Pânico melhorado, um pouco mais bem feito.
A verdade é que ainda nã vi um programa completo. Não posso falar muito. Mas que o Taz pode fazer, se tiver liberdade na Band, bons quadros e desenvolver idéias brilhantes, isso é verdade.

Fred Leão disse...

Discordo que o CQC seja um Pânico melhorado. a linha é diferente, apesar de algumas pequenas semelhanças.